Tivemos uma semana positiva nos mercados, com as tensões da guerra comercial um pouco mais amenas e resultados corporativos melhores nos Estados Unidos. Os principais índices de ações fecharam em alta de 3% a 7%, enquanto os rendimentos dos títulos do Tesouro americano caíram entre 5 e 10 pontos-base. O mercado de crédito também respondeu bem, com os spreads de bonds de grau de investimento, high yield e mercados emergentes nos EUA fechando entre 5 e 20 pontos-base.
Trump afirmou que espera concluir acordos comerciais com outros países interessados em reduzir tarifas dentro de três a quatro semanas. Já em relação à China, os investidores ainda buscam sinais de avanços, mas as negociações parecem seguir em um impasse.
Entre as gigantes de tecnologia, a Alphabet (Google) apresentou resultados sólidos, ajudando a compensar o desempenho fraco da Tesla, que reportou uma queda de 71% nos lucros no último trimestre. No cenário econômico, o índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) dos EUA recuou em abril, indicando o ritmo mais lento de crescimento do setor privado em 16 meses. Por outro lado, o índice de confiança do consumidor medido pela Universidade de Michigan veio acima das expectativas.
Os investidores aguardam novos sinais sobre os impactos da guerra comercial de Trump, em uma semana cheia de balanços corporativos e dados econômicos, como números de emprego e inflação. Ainda vemos pouca razão para acreditar que a volatilidade tenha ficado para trás e esperamos um mercado instável no curto prazo, até que haja mais clareza sobre os efeitos das tarifas nos resultados das empresas.